Voto impresso: quais os argumentos de defensores e críticos
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Voto impresso: quais os argumentos de defensores e críticos
Como funciona o novo modelo:
Quando o eleitor concluir seus votos, a urna eletrônica vai gerar um papel com os dados de candidatos que foram escolhidos para que o cidadão possa conferir se o registro está certo. Em seguida, a urna eletrônica deposita o documento impresso em uma outra urna. O eleitor não terá como tocar no comprovante, que fica atrás de uma janelinha de vidro, e ninguém mais está autorizado a consultar o papel. Os documentos só seriam consultados pelo TSE para realização de auditorias.
Os argumentos de quem defende a impressão:
A emenda que levou à aprovação do voto impresso foi apresentada pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que também é pré-candidato à Presidência da República em 2018. Bolsonaro afirma que o atual sistema de votação e apuração, baseado apenas em recursos eletrônicos, não permite que os eleitores saibam se seus votos estão sendo de fato respeitados ou se são fraudados. O pré-candidato questiona o fato de países desenvolvidos não adotarem o mesmo sistema eletrônico que o Brasil.
O professor de ciência da computação da UnB Diego Aranha, que já participou de testes de segurança de urnas eletrônicas, afirmou em 2013 que o software do TSE é comprovadamente inseguro. “Precisamos de um registro físico do voto para permitir verificação de que os resultados são, de fato, honestos”, disse Aranha.
Em debates promovidos pelo Senado em 2014, o professor de matemática e criptologia da UnB Pedro de Rezende também afirmou que o sistema de urnas eletrônicas brasileiro é atrasado e não permite a verificação dos votos, ao contrário de urnas da “terceira geração”.
Na quarta-feira (, após Raquel Dodge acionar o Supremo, peritos da Polícia Federal se manifestaram em defesa da adoção do voto impresso em 2018. Para o grupo, é necessário que haja uma forma de verificação não eletrônica do voto e dificuldades pontuais, de cunho operacional, não justificam o abandono da implementação do sistema.
Os argumentos de quem é contra a impressão:
O ministro do Supremo Gilmar Mendes, que era presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o dia 6 de fevereiro de 2018, sempre se posicionou contra a adoção do voto impresso. O principal problema, segundo Gilmar Mendes, é o custo de implementar o sistema no Brasil.
Para substituir as 600 mil urnas eletrônicas por outras equipadas para imprimir o voto, o governo gastaria muito dinheiro. Em época de crise econômica, afirma o ministro, a implementação do projeto é inviável. R$ 2,5 bilhões é o custo estimado pelo TSE para implementar o voto impresso em todo o Brasil.
Foi com base nas restrições orçamentárias que Gilmar Mendes, então presidente do TSE, anunciou em dezembro de 2017 que apenas 5% das urnas iriam imprimir o voto na eleição de 2018. O próprio TSE já chegou a se posicionar institucionalmente contra a adoção do voto impresso: “Na ocasião [de tramitação do projeto de lei], o TSE salientou que a exigência do voto impresso é contraproducente, pois o sistema eletrônico de votação já permite ampla auditagem por agentes públicos, privados e partidários” Tribunal Superior Eleitoral.
O primeiro sistema de voto impresso aprovado no Brasil, em 2009, foi contestado pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele apresentou, em 2011, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ao Supremo alegando que, ao gerar um registro físico do voto com informações do eleitor, a impressão colocava em risco o direito fundamental de segredo do voto.
Os ministros do Supremo concordaram com o argumento do procurador e concederam liminar – decisão provisória – em 2011 que declarou o voto impresso inconstitucional. A decisão definitiva foi tomada pelo Plenário do Supremo em 2013: “Não é livre para votar quem pode ser chamado a prestar contas do seu voto, e o cidadão não deve nada a ninguém, a não ser a sua própria consciência”, disse Cármen Lúcia Ministra do Supremo, em sessão que discutiu a constitucionalidade do voto impresso em 2013.
O TSE também aponta para problemas sobre o tempo que votos impressos devem ficar armazenados e a falta de garantia da privacidade dos dados. A violação do sigilo da votação abre margem para que o eleitor seja coagido por terceiros a votar em determinados candidatos.
Em ação apresentada no Supremo na segunda-feira (5), a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também questionou a falta de clareza sobre as informações que vão constar no voto impresso e como elas podem ser eventualmente usadas para identificar os eleitores – violando o sigilo do voto.
De acordo com Dodge, o sistema viola, por exemplo, a garantia do anonimato de deficientes visuais e analfabetos, que não vão conseguir conferir seus votos sem a ajuda de terceiros.
Outro problema apontado pela procuradora é a ausência de especificações sobre o procedimento a ser adotado por mesários caso a impressora da urna trave ou quebre. Se houver intervenção humana para reparo da impressora, Dodge afirma que ocorrerá "exposição dos votos já registrados e daquele emanado pelo cidadão que se encontra na cabine de votação".
Quando o eleitor concluir seus votos, a urna eletrônica vai gerar um papel com os dados de candidatos que foram escolhidos para que o cidadão possa conferir se o registro está certo. Em seguida, a urna eletrônica deposita o documento impresso em uma outra urna. O eleitor não terá como tocar no comprovante, que fica atrás de uma janelinha de vidro, e ninguém mais está autorizado a consultar o papel. Os documentos só seriam consultados pelo TSE para realização de auditorias.
Os argumentos de quem defende a impressão:
A emenda que levou à aprovação do voto impresso foi apresentada pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que também é pré-candidato à Presidência da República em 2018. Bolsonaro afirma que o atual sistema de votação e apuração, baseado apenas em recursos eletrônicos, não permite que os eleitores saibam se seus votos estão sendo de fato respeitados ou se são fraudados. O pré-candidato questiona o fato de países desenvolvidos não adotarem o mesmo sistema eletrônico que o Brasil.
O professor de ciência da computação da UnB Diego Aranha, que já participou de testes de segurança de urnas eletrônicas, afirmou em 2013 que o software do TSE é comprovadamente inseguro. “Precisamos de um registro físico do voto para permitir verificação de que os resultados são, de fato, honestos”, disse Aranha.
Em debates promovidos pelo Senado em 2014, o professor de matemática e criptologia da UnB Pedro de Rezende também afirmou que o sistema de urnas eletrônicas brasileiro é atrasado e não permite a verificação dos votos, ao contrário de urnas da “terceira geração”.
Na quarta-feira (, após Raquel Dodge acionar o Supremo, peritos da Polícia Federal se manifestaram em defesa da adoção do voto impresso em 2018. Para o grupo, é necessário que haja uma forma de verificação não eletrônica do voto e dificuldades pontuais, de cunho operacional, não justificam o abandono da implementação do sistema.
Os argumentos de quem é contra a impressão:
O ministro do Supremo Gilmar Mendes, que era presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o dia 6 de fevereiro de 2018, sempre se posicionou contra a adoção do voto impresso. O principal problema, segundo Gilmar Mendes, é o custo de implementar o sistema no Brasil.
Para substituir as 600 mil urnas eletrônicas por outras equipadas para imprimir o voto, o governo gastaria muito dinheiro. Em época de crise econômica, afirma o ministro, a implementação do projeto é inviável. R$ 2,5 bilhões é o custo estimado pelo TSE para implementar o voto impresso em todo o Brasil.
Foi com base nas restrições orçamentárias que Gilmar Mendes, então presidente do TSE, anunciou em dezembro de 2017 que apenas 5% das urnas iriam imprimir o voto na eleição de 2018. O próprio TSE já chegou a se posicionar institucionalmente contra a adoção do voto impresso: “Na ocasião [de tramitação do projeto de lei], o TSE salientou que a exigência do voto impresso é contraproducente, pois o sistema eletrônico de votação já permite ampla auditagem por agentes públicos, privados e partidários” Tribunal Superior Eleitoral.
O primeiro sistema de voto impresso aprovado no Brasil, em 2009, foi contestado pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele apresentou, em 2011, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ao Supremo alegando que, ao gerar um registro físico do voto com informações do eleitor, a impressão colocava em risco o direito fundamental de segredo do voto.
Os ministros do Supremo concordaram com o argumento do procurador e concederam liminar – decisão provisória – em 2011 que declarou o voto impresso inconstitucional. A decisão definitiva foi tomada pelo Plenário do Supremo em 2013: “Não é livre para votar quem pode ser chamado a prestar contas do seu voto, e o cidadão não deve nada a ninguém, a não ser a sua própria consciência”, disse Cármen Lúcia Ministra do Supremo, em sessão que discutiu a constitucionalidade do voto impresso em 2013.
O TSE também aponta para problemas sobre o tempo que votos impressos devem ficar armazenados e a falta de garantia da privacidade dos dados. A violação do sigilo da votação abre margem para que o eleitor seja coagido por terceiros a votar em determinados candidatos.
Em ação apresentada no Supremo na segunda-feira (5), a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também questionou a falta de clareza sobre as informações que vão constar no voto impresso e como elas podem ser eventualmente usadas para identificar os eleitores – violando o sigilo do voto.
De acordo com Dodge, o sistema viola, por exemplo, a garantia do anonimato de deficientes visuais e analfabetos, que não vão conseguir conferir seus votos sem a ajuda de terceiros.
Outro problema apontado pela procuradora é a ausência de especificações sobre o procedimento a ser adotado por mesários caso a impressora da urna trave ou quebre. Se houver intervenção humana para reparo da impressora, Dodge afirma que ocorrerá "exposição dos votos já registrados e daquele emanado pelo cidadão que se encontra na cabine de votação".
Michael Scofield- Mensagens : 2711
Data de inscrição : 26/01/2017
Re: Voto impresso: quais os argumentos de defensores e críticos
Não acho que tenha havido manipulação em 2014 nas eleições presidenciais. Era nítido o equilibrio entre a Dilmanta e o Aécio. Mas ao mesmo tempo também não tenho como afirmar nada que dê legitimidade à eleição. Não nos esqueçamos que a apuração das urnas foi secreta.
O único argumento contrário ao voto impresso que é coerente é o financeiro, de fato há um gasto significativo, mas isso não deveria ser problema, levando em conta o dinheirão que é gasto com fundão eleitoral, fundo partidário, etc.
Falar que quebraria o sigilo e facilitaria a compra de votos já cai por terra só pelo fato de que ninguém vai ter contato com o voto impresso, e muito menos ainda vai levar um comprovante pra casa ( ). Porra, falar em quebra de sigilo de cegos é foda, qual a porcentagem da população é cega??
Quanto aos possíveis problemas técnicos com impressoras, como se não ocorrem também problemas técnicos com as urnas eletrônicas né? É óbvio que algumas máquinas vão dar pau.
No mais, sou favorável ao voto impresso, mas acredito, ou melhor, quero acreditar, que isso não seja essencial.
O único argumento contrário ao voto impresso que é coerente é o financeiro, de fato há um gasto significativo, mas isso não deveria ser problema, levando em conta o dinheirão que é gasto com fundão eleitoral, fundo partidário, etc.
Falar que quebraria o sigilo e facilitaria a compra de votos já cai por terra só pelo fato de que ninguém vai ter contato com o voto impresso, e muito menos ainda vai levar um comprovante pra casa ( ). Porra, falar em quebra de sigilo de cegos é foda, qual a porcentagem da população é cega??
Quanto aos possíveis problemas técnicos com impressoras, como se não ocorrem também problemas técnicos com as urnas eletrônicas né? É óbvio que algumas máquinas vão dar pau.
No mais, sou favorável ao voto impresso, mas acredito, ou melhor, quero acreditar, que isso não seja essencial.
Michael Scofield- Mensagens : 2711
Data de inscrição : 26/01/2017
Re: Voto impresso: quais os argumentos de defensores e críticos
quem é contra o voto impresso está simplesmente admitindo que confia em uma empresa cubana responsável pela "eleição" de ditadores genocidas como chaves e maduro (lembrando que o "fiscal" das eleições venezuelanas era o jimmy carter, simplesmente um hussein obama com menos melanina na pele). essa admissão por si só já seria o suficiente pra meter toda essa gente na cadeia. são claramente mal intencionados, ou burros demais ao ponto de perderem o direito a liberdade pois sua burrice oferece riscos ao resto do povo.
brunolobo- Mensagens : 2555
Data de inscrição : 05/10/2016
Re: Voto impresso: quais os argumentos de defensores e críticos
Seus argumentos são tão bons quanto bosta.brunolobo escreveu:quem é contra o voto impresso está simplesmente admitindo que confia em uma empresa cubana responsável pela "eleição" de ditadores genocidas como chaves e maduro (lembrando que o "fiscal" das eleições venezuelanas era o jimmy carter, simplesmente um hussein obama com menos melanina na pele). essa admissão por si só já seria o suficiente pra meter toda essa gente na cadeia. são claramente mal intencionados, ou burros demais ao ponto de perderem o direito a liberdade pois sua burrice oferece riscos ao resto do povo.
Higor Emocore- Mensagens : 32
Data de inscrição : 27/10/2017
Re: Voto impresso: quais os argumentos de defensores e críticos
fala pescador tetudo, quanto tempo. não conseguiu segurar o ar que pega e teve que voltar? rsrsrsHigor Emocore escreveu:Seus argumentos são tão bons quanto bosta.brunolobo escreveu:quem é contra o voto impresso está simplesmente admitindo que confia em uma empresa cubana responsável pela "eleição" de ditadores genocidas como chaves e maduro (lembrando que o "fiscal" das eleições venezuelanas era o jimmy carter, simplesmente um hussein obama com menos melanina na pele). essa admissão por si só já seria o suficiente pra meter toda essa gente na cadeia. são claramente mal intencionados, ou burros demais ao ponto de perderem o direito a liberdade pois sua burrice oferece riscos ao resto do povo.
no mais, quando quiser, só rebater algum dos fatos que listei ali, chorar, como tu sempre faz, não vai mudar nada.
brunolobo- Mensagens : 2555
Data de inscrição : 05/10/2016
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